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Até a EJA já tem curso on-line com avanço de modelo semipresencial na educação

O potencial de expansão do mercado digital fez a Cogna — dona de Kroton, Anhanguera e Unopar — tirar da gaveta o EJA Online, para quem quer concluir o ensino fundamental ou médio, após projeto-piloto em Santo André, São Paulo.

— Já temos autorização para fazer em São Paulo e Espírito Santo. O curso tem cerca de 20% de carga horária presencial — diz Rangel Barbosa, vice-presidente de Produtos da Cogna Educação.

O EJA é uma ponta do investimento no ensino remoto, que permite atuar com focos em públicos e bolsos diferentes. Em outubro, a Cogna anunciou a reestruturação de seu EAD, que terá conteúdos em videoaula, aula-atividade, aula prática e lives.

As videoaulas de 1h40 são diluídas em blocos de no máximo oito minutos, para manter a atenção do aluno, e há encontros síncronos, em que estudante e professor estão on-line no mesmo momento. As aulas presenciais se voltam a dinâmicas e práticas.

Nasce ainda o “Professor referência”, somando 48 disciplinas com docentes que são referência em suas áreas, como o médico e psiquiatra Jairo Bouer e o jornalista científico Daniel Goleman, que escreveu para o New York Times.

— Presencialmente, não seria possível fazer isso. É uma forma de ofertar mais qualidade ao aluno — diz Barbosa.

A sustentabilidade financeira dos grupos hoje depende da oferta de um leque de cursos, indo do premium, como Medicina — com tíquete médio de R$ 8.969 — ao 100% digital, do outro lado. É uma forma de equilibrar a queda no preço médio da mensalidade, sobretudo no EAD.

No presencial, ele recuou de R$ 1.056,20 para R$ 751,80 desde 2015. No EAD, recuou de R$ 446 para R$ 223,10 desde 2012.

São números que explicam a atenção que as instituições estão dando à faixa intermediária desse escopo, com cursos semipresenciais, já ofertados por mais de 10% dos grupos, segundo a Hoper Educação.

Adriano Pistore, vice-presidente de Operações Presenciais da Yduqs, explica que os campi agora têm menos salas de aula, abrindo espaço para a prática.

— O laboratório toma mais espaço físico e o campus se redesenha, mas não desaparece, não na nossa proposta de ensino. Mesmo as bibliotecas foram repensadas. Investimos muito em bases de dados disponíveis aos alunos e laboratórios virtuais, como o de anatomia, que complementa a aprendizagem prática.

A Estácio, da Yduqs, também avança em aulas síncronas, com projeto-piloto utilizando uma plataforma própria desenvolvida pela Microsoft

Fonte: O Globo

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